É muito estranha a sensação de chegar em um novo país cheio de expectativas de como vai ser, e ao mesmo tempo não tendo ideia nenhuma do que te espera.
Meus primeiros momentos foram bem engraçados porque a maior parte da minha família não falava inglês (só a minha irmã hospedeira porque ela tinha feito um ano de intercâmbio no Brasil), mas mesmo sem idiomas em comum eles tentavam se comunicar comigo, mas em húngaro (uma das línguas mais difíceis do mundo) era complicado de ter uma comunicação efetiva, mas só pelo jeito que eles se esforçavam já dava pra sentir o carinho e o afeto, e mesmo sem entender nada que eles diziam e vice-versa a gente dava altas risadas juntos e nos divertíamos de qualquer forma.
Ninguém parecia se interessar muito nos meus primeiros dias na escola, mas como era uma turma bilíngue, foi uma questão de poucos dias até eu começar a falar com a turma e achar o meu próprio grupo. Hoje tenho os melhores amigos húngaros de todos os tempos, que fizeram de tudo por mim nos momentos que tive dificuldade aqui e só tenho a agradecer pela experiência que o AFS me proporcionou. Os momentos difíceis fizeram com que eu me desenvolvesse, os momentos bons foram perfeitos. Tive um ano nessa cultura que me acrescentou muita experiência de vida e ambição, e recomendo a todos sonhadores que se arrisquem no intercâmbio e vivam os melhores e mais intensos momentos que o intercâmbio pode proporcionar. CARPE DIEM!
Thiago Pires de Azevedo, intercambista na Hungria em 2017/2018