A Janaína Freire fez intercâmbio na Alemanha com o AFS e, atualmente, é dona de um perfil no Instagram sobre o tema e que conta com milhares de seguidores.
A gente bateu um papo com ela sobre toda essa experiência. Confira:
1. O que te fez querer fazer intercâmbio e por que esse destino?
A Alemanha é um dos países mais interessantes do mundo na minha opinião, sempre achei curioso o fato deles conseguirem se reconstruir tão rápido diante de uma crise tão grande e se tornarem uma potência mundial. Eu já falava um pouco de inglês e queria aprender outro idioma quando decidi fazer intercâmbio, então a Alemanha foi uma escolha muito assertiva nessa fase da minha vida. Eu queria viver uma imersão cultural, sair da minha zona de conforto, conhecer pessoas de outras nacionalidades, viajar e me conhecer diante dessa experiência também, eu diria que foi a minha melhor decisão até hoje.
2. Como foi a sua experiência durante o intercâmbio? Algum ponto alto/uma situação que queira destacar?
Eu tive muita sorte, me conectei muito com a minha host family alemã. Eles foram maravilhosos comigo, pacientes com o aprendizado do idioma, me receberam como uma família mesmo, sempre carinhosos e cheios de surpresas, sem eles não seria tão especial. Eu aprendi não só a falar alemão, aprendi a esquiar, ganhei uma independência enorme para viajar pelo mundo, coragem para enfrentar desafios que nem eu imaginava ser capaz. É indescritível a experiência de sair um ano de casa e viver com pessoas totalmente diferentes da sua realidade, é maravilhoso poder ver o mundo por outros ângulos.
3. Como o intercâmbio afetou sua vida pessoal e profissional?
Minha vida mudou completamente, eu saí do Brasil querendo ser estudante de direito e voltei para cursar Relações Internacionais. Além de aprender alemão e melhorar muito do meu inglês, também pude aprender um pouco do espanhol nessa época e isso me ajudou muito a dar os passos seguintes da minha carreira. Eu nunca mais consegui olhar só para a vida no meu estado, continuei buscando experiências em outros países e assim me tornei a Internacionalista pelo mundo em 2019, 7 anos depois de viver minha primeira experiência internacional. Fui bolsista no exterior 5 vezes com a bagagem que o meu primeiro intercâmbio me deu. Eu diria que isso não mudou apenas a minha vida, mudou a minha família, influenciou muitas pessoas ao meu redor que aprenderam muito com a minha jornada no exterior e também quiseram conhecer um pouco disso, inclusive os meus 20 mil seguidores que acompanham as dicas e rotina que compartilho nas redes sociais todos os dias.
4. Como surgiu a ideia do blog? Conte um pouco da sua trajetória para a gente.
Eu me tornei Mentora desde que voltei da Alemanha em 2013, e muitas pessoas que queriam morar fora me procuravam para falar do assunto e pedir orientações, sempre foi maravilhoso para mim poder ajudar e compartilhar a minha experiência. E à medida que eu ia participando de mais experiências internacionais, mais pessoas me procuravam para conversar sobre o assunto. Eu fiz estágio na OEA, nos EUA, fiz uma imersão em empreendedorismo internacional na Coreia do Sul, fiz mestrado na Espanha, tudo isso me deu uma bagagem enorme para continuar impactando vidas e conectando culturas e foi isso que eu busquei quando participei dessas oportunidades e fiz Relações Internacionais. Em 2019 eu decidi oficializar esse trabalho que já acontecia indiretamente em um perfil do Instagram, e a ideia começou a crescer cada vez mais. Eu compartilhava as dicas que eu queria ter visto quando comecei a pesquisar sobre o assunto sobre a minha perspectiva, então era muito prazeroso poder falar desse assunto com quem queria viver algo assim na carreira. Hoje eu já atendi mais de 800 clientes com 5 anos de experiência com mentorias especializadas em estudar fora e direcionei jovens e adultos para terem oportunidades no exterior com bolsas de estudos. Minha meta é transformar vidas através de oportunidades educacionais com as quais eu aprendi a me conectar depois da experiência na Alemanha, quando eu disse que ela mudou a minha vida, não foi à toa.